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Tipos de Placenta: Entenda as Diferenças e Impactos na Gestação

A placenta é um órgão essencial durante a gravidez, desempenhando funções vitais para o desenvolvimento saudável do bebê, como troca de nutrientes, oxigênio e excreção de resíduos. Além disso, ela é responsável pela produção de hormônios que mantêm a gestação. Apesar de sua importância, muitas gestantes desconhecem que a placenta pode variar em formato, posição e características anatômicas, o que pode impactar o acompanhamento pré-natal e, em alguns casos, a saúde do bebê e da mãe.

Neste artigo, vamos explorar os principais tipos de placenta, suas características e como elas podem influenciar a gestação.

O Que é a Placenta e Qual Sua Função?


A placenta é um órgão temporário que se forma após a implantação do óvulo fertilizado na parede do útero. Suas principais funções incluem:

  • Trocas gasosas: Fornecer oxigênio ao bebê e eliminar dióxido de carbono.
  • Nutrição: Transportar nutrientes como vitaminas, glicose e aminoácidos.
  • Excreção: Remover resíduos metabólicos do bebê.
  • Proteção: Funcionar como uma barreira contra substâncias nocivas.
  • Produção de hormônios: Manter a gestação e preparar o corpo da mãe para o parto.

A localização e o formato da placenta podem influenciar alguns desses processos e, em casos específicos, representar riscos à saúde.

Tipos de Placenta e Suas Características

1. Placenta Anterior

A placenta anterior se fixa na parte frontal do útero, voltada para o abdômen da mãe. Embora não traga riscos significativos, pode atrasar a percepção dos movimentos do bebê, já que a placenta age como um amortecedor.

Principais características:

  • Movimentos fetais percebidos mais tarde (geralmente após 20 semanas).
  • Pode dificultar a realização de exames invasivos, como a amniocentese.

2. Placenta Posterior

Localizada na parte de trás do útero, voltada para a coluna vertebral da mãe, a placenta posterior é uma posição comum e segura.

Principais características:

  • Movimentos fetais percebidos mais cedo.
  • Raramente apresenta complicações.

3. Placenta Fúndica

Quando a placenta se posiciona no topo do útero, é chamada de fúndica. Essa posição é ideal e costuma afastar riscos relacionados à gravidez.

Principais características:

  • Localização segura.
  • Pouca interferência no desenvolvimento do bebê.

4. Placenta Prévia


A placenta prévia ocorre quando o órgão se fixa na parte inferior do útero, cobrindo parcial ou totalmente o colo do útero. Essa condição pode causar sangramentos e exige acompanhamento médico rigoroso.

Principais características:

  • Risco de parto prematuro.
  • Geralmente requer cesariana.

5. Placenta Acreta

Caracteriza-se pela inserção anormal da placenta, que penetra profundamente na parede do útero. É uma condição rara, mas pode causar hemorragias graves durante o parto.

Principais características:

  • Necessidade de acompanhamento especializado.
  • Muitas vezes exige cirurgia para retirada do útero após o parto.

6. Placenta Circunvalada

Essa variação ocorre quando as bordas da placenta estão curvadas para cima, formando um anel. Pode estar associada a complicações como restrição de crescimento fetal.

Principais características:

  • Maior risco de parto prematuro.
  • Necessita de monitoramento frequente.

7. Placenta Bilobulada

Nesse caso, a placenta é dividida em dois lobos conectados por vasos sanguíneos. Embora incomum, pode aumentar o risco de complicações no pós-parto.

Principais características:

  • Possível retenção de partes da placenta após o nascimento.
  • Maior risco de infecções pós-parto.

8. Placenta Velamentosa

Aqui, os vasos sanguíneos do cordão umbilical atravessam as membranas antes de se conectarem à placenta, deixando-os desprotegidos.

Principais características:

  • Maior risco de hemorragias durante o parto.
  • Exige monitoramento cuidadoso.

Como a Placenta é Avaliada no Pré-Natal?

Durante o pré-natal, a saúde e a posição da placenta são avaliadas por meio de exames como:

  • Ultrassonografia morfológica: Identifica a posição e possíveis anomalias.
  • Dopplerfluxometria: Avalia o fluxo sanguíneo entre mãe e bebê.
  • Ressonância magnética: Utilizada em casos complexos para obter imagens detalhadas.

A Importância do Pré-Natal no Monitoramento da Placenta

O acompanhamento pré-natal é fundamental para identificar possíveis complicações relacionadas à placenta. Exames periódicos permitem detectar condições como insuficiência placentária, que pode restringir o crescimento do bebê ou causar parto prematuro.

Gestantes com condições específicas, como placenta prévia ou acreta, podem precisar de cuidados adicionais, incluindo repouso ou intervenções médicas.

A placenta é um órgão vital para o desenvolvimento do bebê, mas suas variações anatômicas e funcionais podem exigir atenção especial durante a gestação. Com um pré-natal bem estruturado, é possível identificar e tratar precocemente eventuais complicações, garantindo uma gravidez mais segura e saudável.

Se você está grávida ou planejando uma gestação, consulte seu médico para entender mais sobre a importância da placenta e os cuidados necessários em cada caso.